Após denúncia do Sateal, Superintendência do Trabalho interdita hospital maternidade de Pilar

Após denúncia do Sateal, Superintendência do Trabalho interdita hospital maternidade de Pilar


Publicado em: 31/07/2015 18:10 | Autor: 337

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Uma denúncia realizada pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal) foi base para uma investigação realizada pela Superintendência do Trabalho em Alagoas e que culminou com a interdição do Hospital Nossa Senhora de Lourdes e Maternidade Doutor Armando Lages. A unidade fica localizada no município de Pilar.

A denúncia apontava para irregularidades no prédio, falta de materiais de trabalho, além de problemas salariais entre os 60 funcionários do local. Um dos fiscais do Ministério do Trabalho esteve no Sateal e após contato com o departamento jurídico tomou conhecimento das denúncias.

Na última segunda-feira (27) os fiscais realizaram uma vistoria no local e constaram as irregularidades denunciadas pelo Sateal. A estrutura do prédio está abandonada, apresenta infiltrações na parede, máquinas da lavanderia também foram encontradas em péssimas condições de estado.

Os materiais usados para fazer primeiros socorros nos pacientes estavam sendo armazenados de forma incorreta e o único extintor de incêndio que havia no prédio estava vencido desde 2014.

"Fica determinada a interdição de todas as atividades de atenção em saúde realizadas pelos médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, nos plantões de urgência e emergência, procedimentos ambulatoriais, internações e no necrotério; bem como as atividades de apoio, tais corno higienização de roupas (lavanderia), preparo de alimentos (cozinha) e serviços de limpeza, realizadas por trabalhador em qualquer função, todos realizados no interior do HOSPITAL NOSSA SRA. DE LOURDES E MATERNIDADE DR. ARMANDO LAGES [...] em razão da CONSTATAÇÃO DA SITUAÇÃO DE GRAVE E IMINENTE RISCO, capaz de causar acidentes com lesões graves à integridade física dos trabalhadores, bem como doenças ocupacionais", diz o Termo de Interdição.

Com relação aos trabalhadores, incluindo auxiliares e técnicos de enfermagem, eles não recebiam salários desde maio do ano passado. A Superintendência do Trabalho afirmou que mais de 100 itens comprovam as denúncias e justificam a interdição. O hospital será multado, porém o valor ainda não foi divulgado. Como se trata de um hospital particular, o proprietário tem um prazo de 10 dias contados da interdição para apresentar recurso. 

 

Ascom Sateal