Dia do trabalho – Sateal segue firme na luta por melhores condições de trabalho e salário

Dia do trabalho – Sateal segue firme na luta por melhores condições de trabalho e salário


Publicado em: 30/04/2018 15:40 | Fonte/Agência: Ascom Sateal

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Em mais um 1º de maio, dia do trabalhador, o Sateal segue firme na luta por melhores condições de trabalho e salário mais dignos para auxiliares e técnicos de enfermagem. São inúmeras as reivindicações da categoria, que busca incessantemente por uma estrutura não ofertada pela maioria das empresas de saúde de Alagoas.

Ao longo dos anos, o Sateal registra a negligência de empresas públicas e privadas na relação entre patrão e empregado. “São situações que vão desde a falta de fardamento, a realização de exames periódicos, até atrasos nos salários, sobrecarga, assédio moral e sexual. Imaginemos os efeitos colaterais a que um profissional é submetido refletidos em seu trabalho, no caso, nas vidas de pessoas que são tratadas”, chama atenção Mário Jorge Filho, presidente do Sindicato.

A luta, porém, segue firme. “O quadro atual é delicado porque temos uma série de medidas que vão piorar as condições já críticas. A implantação da jornada de 12h diurnas é um exemplo. Outro problema é o afastamento e o corte de incentivos pagos a gestantes e lactantes dos locais insalubres, o trabalho intermitente, o fatiamento das férias, isso sem contar a retirada de direitos em que o Sindicato negociava representando o trabalhador”, destaca Mário.

Dia do trabalhador – dia da resistência!

Sobre o dia 1º de maio      

O Dia do Trabalho, comemorado no Brasil e em várias partes do mundo em 1º de maio, é uma homenagem a uma greve ocorrida na cidade de Chicago (EUA) no ano de 1886. A data foi marcada pela reunião de milhares de trabalhadores que reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.

Dias depois, em 4 de maio de 1886, outra manifestação aconteceu em Chicago e resultou na morte de policiais e protestantes. O evento também foi um dos originários do Dia do Trabalho e ficou conhecido como Revolta de Haymarket. Três anos mais tarde, em 1889, o Congresso Internacional Socialista realizado em Paris adotou como resolução a organização anual, em todo 1º de maio, de manifestações operárias por todo o mundo, em favor da jornada máxima de 8 horas de trabalho.

No ano seguinte, milhões de trabalhadores da Alemanha, Áustria, Hungria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Grã-Bretanha, Itália e Suíça fizeram valer as decisões do Congresso de 1889. O dia 1º de maio foi marcado por uma greve geral, onde os operários desfilaram pelas ruas de suas cidades para mostrar apoio à causa trabalhista. O dia passou a ser chamado de “Dia do Trabalho” e passava a comprovar o poder de organização dos trabalhadores em âmbito internacional.

Dia do Trabalho no Brasil

A chegada dos imigrantes europeus ao Brasil trouxe ideias sobre princípios organizacionais e leis trabalhistas, já implantadas da Europa. Os operários brasileiros começaram a se organizar. Em 1917 aconteceu a Greve Geral, que parou indústria e comércio brasileiros. A classe operária se fortalecia e, em 1924, o dia 1º de maio foi decretado feriado nacional pelo presidente Artur Bernardes.

Mesmo tendo sido declarado feriado no Brasil, até o início da Era Vargas o 1º de maio era considerado um dia de protestos operários, marcado por greves e manifestações. A propaganda trabalhista de Getúlio Vargas habilmente passou a escolher a data para anunciar benefícios aos trabalhadores, transformando-a em “Dia do Trabalhador”. Desta forma, o dia não mais era caracterizado apenas por protestos, e sim comemorado com desfiles e festas populares.