Auxiliares e Técnicos de Enfermagem compareceram, nesta sexta-feira (20), a uma audiência na Procuradoria Regional Do Trabalho, para tratar dos pontos da convenção coletiva para o ano de 2018. Um dos itens mais polêmicos da convenção é a implantação da jornada doze horas diurnas para os profissionais da rede privada e filantrópica de Alagoas.
Durante a audiência, o presidente do Sateal defendeu a classe trabalhadora, expondo a procuradora os diversos danos causados com a implantação da jornada diurna. Pelos cálculos do Sindicato, auxiliares e técnicos de enfermagem trabalham em média 144 horas mensais. Com a nova jornada de 12 horas diurnas, os profissionais passarão a cumprir 190 horas mensais.
O aumento considerável de horas trabalhadas não vai trazer qualquer benefício aos profissionais, que continuam com os salários baixos e sem estrutura para trabalhar. Apesar do impasse, o Sindicato conta com o apoio da procuradoria para mediar a situação.
“Mantemos nossa posição contrária a implantação da jornada e estamos confiantes no apoio da Procuradoria”, disse Mário Jorge Filho, presidente.
Embora a reforma trabalhista permita a mudança de jornada, a procuradora chama a atenção para os riscos da sobrecarga para os profissionais. “Uma jornada de oito horas já sobrecarrega muito os profissionais, uma de doze põe em risco a assistência e a saúde do trabalhador”, declarou Adir de Abreu.
Uma nova audiência para debater o tema está marcada para o dia dois de maio. Até lá, sindicatos dos trabalhadores e dos hospitais deverão discutir os termos da convenção coletiva.
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