Câncer infantojuvenil: precisamos falar sobre ele

Câncer infantojuvenil: precisamos falar sobre ele


Publicado em: 01/02/2017 18:13 | Autor: 337

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Apesar das atenções se voltarem para o carnaval durante o mês de fevereiro, o mês também é dedicado a uma importante luta contra um tipo de doença que desafia a medicina: o câncer. No dia 04 de fevereiro se comemora o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer.

A data foi instituída em 2005 pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o objetivo de conscientizar o maior número de pessoas possíveis. No Brasil o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) encabeça as ações e escolheu o câncer infantojuvenil para ilustrar as ações em 2017.

A doença é a principal causa de mortes na faixa etária no Brasil e a campanha alerta a população sobre os sinais e sintomas e a importância do diagnóstico precoce. Cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

A campanha segue o conceito “Nós podemos. Eu posso”, escolhido pela UICC para o período de 2016-2018, que pretende mostrar como todos – em grupo ou individualmente – podem fazer a sua parte para reduzir o impacto do câncer no mundo.

Câncer Infantojuvenil

Principal causa de morte por doença e crianças e adolescentes Entre 2009 e 2013, a doença foi responsável por cerca de 12% dos óbitos na faixa de 1 a 14 anos, e 8% de 1 a 19 anos. Foram registradas 2.724 mortes por câncer infantojuvenil no Brasil em 2014 (ano mais recente com informações consolidadas).

O INCA estima a ocorrência de 12.600 novos casos de câncer na faixa etária de zero a 19 anos em 2017. O câncer infantojuvenil engloba, na verdade, vários tipos de câncer. As leucemias representam o maior percentual de incidência (26%) nessa faixa etária, seguida dos linfomas (14%) e tumores do sistema nervoso central (SNC) (13%).

As diferenças entre os cânceres infantis e de adultos consistem principalmente nos aspectos morfológicos (tipo do tumor), comportamento clínico (evolução) e localizações primárias. Nas crianças e nos adolescentes, a neoplasia geralmente afeta as células do sistema sanguíneo, o sistema nervoso e os tecidos de sustentação. Nos adultos, as células epiteliais, que recobrem os órgãos, são as mais atingidas. Enquanto o câncer no adulto apresenta mutações, geralmente em decorrência de fatores ambientais, no câncer pediátrico ainda não há estudos conclusivos sobre a influência desse aspecto.

Dados de um estudo sobre o panorama do câncer infantojuvenil divulgado pelo INCA e pelo Ministério da Saúde (MS) apontam que a sobrevida estimada no Brasil por câncer na faixa etária de zero a 19 anos é de 64%, índice calculado com base nas informações de incidência e mortalidade. O estudo apontou que a sobrevida varia de acordo com a região do País. Os índices são mais elevados nas regiões Sul (75%) e Sudeste (70%) do que no Centro-Oeste (65%), Nordeste (60%) e Norte (50%).

Com informações INCA